Razões:
1ª Normalmente, quem produz textos em português tem tendência a produzir uma versão em inglês destinados a quem não entende a nossa língua, daí existirem muitos artigos ingleses , escritos não por ingleses, americanos e australianos mas por portugueses e brasileiros.
O mesmo fenómeno ocorre com os autores de língua oficial espanhola.
O problema é que a maioria das pessoas suficientemente informadas tem capacidade para escrever artigos em inglês, correspondentes à versão original portuguesa, com tanta correcção que não se consegue perceber a diferença para alguém que não tenha como língua nativa, o inglês, que esse artigo foi escrito por uma pessoa que não usa o inglês como língua materna.
Assim, por cada artigo português que é produzido, um português ou um brasileiro, submete a sua versão em inglês para o conteúdo ter uma maior audiência.
2ª O Reino Unido tem uma população de 60 milhões e meio de habitantes ao passo que Portugal tem 10 milhões e meio.
Os EUA tem uma população de 300 milhões enquanto que o Brasil tem uma população de 188 milhões.
Angola tem 12 milhões, Moçambique tem 17 milhões, Cabo Verde tem 410.000 e a Guiné tem 9 milhões e meio.
A Austrália tem 35 milhões.
A Índia, ex-colónia britânica, tem mais de um bilião!
Ou seja, tendo em conta o número de pessoas que falam português e que correspondem às pessoas que produzem artigos em português e tendo em conta o nº de pessoas que não só têm como língua materna o inglês como também aquelas que o usam como língua oficial na internet (portugueses, brasileiros, espanhóis, etc) para poderem ter a possibilidade de tornar os seus artigos muito mais vistos e mais universais, eu diria que não estamos nada mal!!!
Inglês - 1.985.000 artigos
Alemão - 631.000 artigos
Francês - 550.000 artigos
Português - 283.000 artigos
Espanhol - 272.000 artigos
Finlandês - 247.000 artigos
Eu proponho que ao invés de ridicularizarmos a nossa língua, uma das mais belas do mundo, uma vez que fazendo-o não é a Língua que ridicularizamos mas a quem a fala, a enaltecemos e a usemos cada vez mais ao invés de nos ficarmos a lamentar e maldizer-nos de uma forma extremamente contra-produtiva a nós mesmos, lusófonos.